Às 20 em ponto cheguei ao aeroporto de Lisboa. Após fazer o check-in, dirigi-me a área lounge da TAP, para fazer tempo até a hora do voo. Lá estava eu todo contente a descansar, quando começam a entrar diversos ilustres no espaço reservado da TAP. Primeiro entrou Ferreira de Oliveira presidente da GALP. Até aqui tudo bem, pensei que iria para Luanda falar com o presidente da Sonangol para saber quem é que afinal de contas manda na GALP. De seguida, chamaram-me a atenção da entrada do presidente da TAP, Fernando Pinto, e de Dias da Cunha (confesso que fiquei com vontade de lhe ir perguntar se havia alguma cláusula no contracto dos jogadores do Sporting, que os obrigava a falhar os penaltis). Recebi então uma mensagem a lembrar-me que o nosso presidente Aníbal Cavaco Silva, iria começar a sua viagem oficial por Moçambique nesse mesmo dia. Reparei então, que iria fazer a viagem para Maputo com a comitiva portuguesa.
Após a descolagem, o comandante, avisou que iríamos ter alguma turbulência na passagem por Argélia. Pois bem, desconfio que para esse senhor o território argelino deve ocupar todo continente africano, uma vez que em grande parte da viagem, o avião tremia devido a essas mesmas turbulências.
Chegava a hora do jantar, e estava curioso para saber o que o chef da TAP tinha preparado para prato do dia. Foi-me então dado o menu, que consistia:
Refeição Principal
Entrada
Salada de Rodicchio, Chicória e Passas (traduzido, salada mista do Continente com passas)
Prato Principal
Peito de Frango com Molho de Tomate
OU
Massa Fusilli com Molho de Azeitonas e Queijo
Sobremesa
Mousse de Chocolate e Laranja (que até estava boa)
Como se pode ver na foto do menu, falta ainda a referência de 2 pães semi-congelados, manteiga e vinho. Tirando o pormenor do peito de frango não estar quente, do pão, e das passas na salada, até estava uma refeição agradável.
Após o jantar, e ao desligarem as luzes do avião, deitei-me na minha bela “cama” e passei o resto da viagem a dormir. Senti que havia alguma inveja por parte de alguns passageiros que tinham de dormir sentados. Enfim, são lifes….
A 2 horas da chegada a Maputo, ligaram as luzes do avião para acordar os passageiros. Iam então servir o pequeno-almoço. Este era formado por uma Omelete de Salsa com Cogumelos à la Créme (nome pomposo para dar a uma omelete), Salada de fruta condensada, mais uma vez o pão semi-congelado e um mini-croissant, chá e café.
No tempo que restava da viagem, decidi explorar os canais de música da TAP. Fiquei a ouvir o canal 6, que estava a transmitir a rádio “Pop Rock TAP – você voa com as estrelas!”. Rapidamente notei que a rádio consistia apenas por 7 músicas em loop continuo. Sim, porque numa viagem de 10 horas, 7 músicas são mais que suficiente para uma pessoa se distrair.
Por fim, o Comandante aterrou o Wenceslau de Moraes em solo moçambicano. Assim que saí do avião, parecia que estava numa sauna. Estava um calor impossível e muito húmido. O ar estava pesado e custava a respirar…Tinha chegado a África!
2 comentários:
Caro João F. - "Preto" para os chegadíssimos (Nunca disse com tanta propriedade esta palavra)
O Wenceslau de Moraes, último grande escritor de viagens português, que deu nome ao Airbus A-340 da TAP, é o topo de gama da TAP, com um raio de acção de 13.000 Km, com capacidade para 274 passageiros e 130.000 litros de combustível, para além de voar acima dos 10.000 m de altitude.
Neste sentido, a TAP (ainda) não tem Airbus A-360, mas quando os tiver conto ir contigo e revisitar a descendência que vais deixar em terras africanas, perpetuando assim as raízes da Família Ferreira por África e assim dizer com propriedade: "Tia, This is África";)
boas aventuras joao! tou cheia de inveja... aproveita ao maximo!!!
bjs
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